California Academy of Sciences: a construção mais eco sustentável do mundo

Fonte: metalica.com.br
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Quem associa museu à velharia não conhece a California Academy of Science. O museu, além de reunir numa única estrutura aquário, planetário, museu de história natural e floresta tropical indoor, também se destaca por ser uma edificação totalmente baseada em tecnologias e práticas sustentáveis.E é por tal investimento verde que a Academia de Ciências da Califórnia foi considerada a edificação pública mais eco sustentável do mundo. Conheça essa magnífica construção nas linhas abaixo.

Sustentabilidade como regra geral

Para a reconstrução da Academia de Ciências da Califórnia, o departamento ambiental de São Francisco exigiu que os projetos tivessem um caráter sustentável. Piano fez da exigência a sua inspiração: não só a construção seria sustentável como o próprio conceito do museu embasaria-se na sustentabilidade. A ideia era que os conceitos eco sustentáveis fossem parte da exposição permanente do museu. "Este museu tem sempre trabalhado em três níveis - exibindo a coleção, educando o público e pesquisando a ciência; o espírito deste novo edifício é anunciar e aplicar esta complexidade da função", afirma o arquiteto no site oficial da California Academy of Science.
Para incentivar a prática da sustentabilidade, Piano investiu nos conceitos sustentáveis também ao redor do museu: implantou bicicletários e postos de reabastecimento para veículos elétricos no estacionamento do complexo.

Telhado Vivo

Os ideais sustentáveis estão presentes em cada metro quadrado da construção, mas é na cobertura que a sustentabilidade é consagrada. Com 10 mil metros quadrados projetados no formato ondulado, a cobertura ganhou o título de "telhado vivo". A denominação se dá pelo fato de a estrutura ser composta por 1.200 toneladas de solo e plantas vivas nativas, situadas 12 metros acima do nível do terreno.

Telhado VivoO "telhado vivo" tem como função controlar a temperatura interna do edifício. Para tal, apresenta comportas e cortinas que, controladas por computador, se abrem e fecham para manter a temperatura adequada no ambiente interno. O sistema foi tá bem sucedido que dispensou a instalação de ar condicionado na maioria das zonas do complexo.
A cobertura, além de servir de isolante térmico, tem a capacidade de absorver 98% da água da chuva que cai sobre ela, sendo metade deste volume reutilizado em outras partes do museu. Outra função do "telhado vivo" é permitir a entrada de luz natural no edifício. Assim como as paredes de vidro que compõem o fechamento do museu, as claraboias instaladas na cobertura também maximizam a incidência de iluminação natural para o interior da construção. Como providência anti-terremoto, as peças de vidro que compõem a claraboia foram instaladas com uma folga de 15 centímetros, podendo movimentar-se dentro desse perímetro para qualquer direção, a fim de não se quebrarem caso haja movimento sísmico.
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Controle de temperatura

Além das claraboias, que controlam a ventilação no interior do edifício, outras práticas foram implantadas com o fim de manter uma temperatura ideal no museu. Para fins de aquecimento, foi instalado um sistema de aquecimento radiante no piso do museu. Tubos embutidos no piso transportam água quente, aquecendo o chão. A prática reduz em 10% a necessidade de energia anual do edifício.
Isolamento: algodão grosso feito de jeansOutra forma de controle de temperatura é por meio do isolamento térmico. Dispensando os tradicionais sistemas de fibra ou espuma, o museu investiu numa técnica nova: jeans. O algodão grosso feito de jeans reciclado prende mais calor e absorve o som melhor que a fibra de vidro. Além disso, também funciona como retardador de fogo e evita o mofo.

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